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História

Dos tempos pré-romanos à Idade Média

Há indícios de povoamento pré-histórico nos cabeços da Atalaia e de Pereiras, sobranceiros à vila de Vimioso, e em vários castros existentes, tanto no termo da vila (Batoqueira, Terronha, …) como de várias freguesias do concelho.

No lugar da Batoqueira, entre Vimioso e Carção, existem covas que a população chama salas e que teriam sido esconderijo de cristãos na época das lutas com os mouros. Convém lembrar que a tradição popular chama mouro/moura a todos os que não eram cristãos, incluindo romanos e povos anteriores.

Vimioso é mencionado desde os primórdios da nacionalidade portuguesa. Terá surgido a oeste da actual povoação (abaixo do Fundo da Vila), em local suficientemente húmido para produzir o vime que lhe deu o nome de lugar vimioso.

Naquela época, ter-se-á falado no seu termo o galego-português das terras situadas a ocidente do rio Maçãs e o asturo-leonês que originou a língua mirandesa nas terras situadas a norte e a leste do rio Angueira.

O senhorio de Vimioso foi dado pelos primeiros reis portugueses à família Antas cujo solar e pedra de armas se podem observar à frente da actual Igreja Matriz.

Torre, castelo e pelourinho

Com outras localidades fortificadas da região (Bragança, Outeiro, Algoso, Miranda do Douro, Mogadouro, Penas Roias), Vimioso fez parte da linha de defesa da fronteira oriental do reino. Por isso, à torre denominada Atalaia, de origem romana ou visigótica, se juntou durante o período gótico um castelo. Erguida no monte sobranceiro à povoação, a torre da Atalaia permitia ver muito longe e vigiar as terras vizinhas ao passo que o castelo, edificado à saída do casario, pretendia protegê-lo e controlá-lo. A memória popular conservou o nome de Castelo para designar o local em que existira. Arrasado no século XVIII pelos espanhóis, foi substituído no século XIX pela escola. Existiram vestígios dos muros do castelo até meados do século XX. Deles, só resta hoje um muro.

Símbolo do direito de exercer justiça, um pelourinho, ainda hoje existente, foi erguido à frente do castelo.

Os judeus

Em 1492, o concelho viu chegar grande afluência de judeus expulsos dos reinos de Leão e Castela. Depois de acamparem num local que conservou o nome de Cabanas, entre as actuais povoações de Caçarelhos e Vimioso, os judeus foram autorizados a estabelecerem-se em várias aldeias e vilas da região (Vimioso, Carção, Argozelo, etc.). Convertidos à força à religião católica, constituíram nessas localidades comunidades importantes que pouco se misturaram com o resto da população até meados do século XX. Os judeus – assim chamados até hoje – distinguiam-se dos lavradores pelos ofícios exercidos, ligados ao artesanato e comércio.

Vila e terra de condes

O século XVI e o início do século XVII constituíram um período de prosperidade para Vimioso e outras terras do Nordeste transmontano (Miranda do Douro, etc.). Em 1516, o rei D. Manuel deu-lhe foral que a elevou à categoria de vila. O título de conde, atribuído a D. Francisco de Portugal em 1534 pelo rei D. João III, denota o prestígio alcançado então pela vila.

As guerras vindas de Espanha

As guerras dos séculos XVII e XVIII trouxeram a desgraça à vila. Em 1762, o exército espanhol atravessou a fronteira, arrasou o castelo e levou a população em degredo para Pamplona. A feira de São Miguel, uma das maiores do Norte do país, feita cada ano a 29 de Setembro no local chamado Vale de S. Miguel, deixou de se fazer em Vimioso. Essa feira, que atraía portugueses e espanhóis, passou para a cidade espanhola de Zamora em que ainda hoje se realiza.

A emigração

Durante o século XX, vários surtos migratórios levaram grande parte da população para o Brasil – até à década de 1960 – e para a Europa (principalmente para França), provocando a desertificação da freguesia e, mais ainda, do concelho.

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